Redes Privativas e Starlink qual a diferença?
Starlink e redes privativas estão entre as discussões do momento quando o assunto é conectividade de redes para atender às demandas urgentes do mercado. E as duas despertam interesse, com ofertas distintas, vantagens e desafios. Por exemplo:
Enquanto a Starlink promete conectar qualquer região do globo, as redes privativas são projetadas para permitir a comunicação eficiente e segura entre dispositivos, sistemas e usuários dentro de uma certa área geográfica.
O Starlink, desenvolvido pela SpaceX, é um serviço de internet via satélite que fornece conectividade global, em áreas remotas ou mal atendidas, com baixa latência, ganhando cada vez mais notoriedade.
Por outro lado, as redes privativas são infraestruturas construídas e gerenciadas por organizações para atender às necessidades internas de conectividade, proporcionando controle total, segurança aprimorada e personalização de acordo com as necessidades específicas da organização.
Logo, deu para perceber que as duas soluções possuem características e vantagens, por isso, compreender as diferenças e benefícios dessas duas alternativas ajudará na escolha da melhor opção para atender às necessidades de conectividade de cada contexto.
Qual o alcance da Starlink?
Segundo um estudo feito pela empresa Ookla entre 2022 e 2023 no continente sul-americano, a Starlink ultrapassa o desempenho de todos os provedores do mesmo serviço conforme o gráfico disponibilizado na pesquisa.
E, ao analisarmos isoladamente o serviço de internet via satélite ofertado pela Starlink, podemos afirmar que seu desempenho, comparados com outros provedores de internet via satélite, apresenta um resultado satisfatório chegando a uma média de 100 Mbps de download e 76 Mbps de upload.
Da mesma forma, o serviço do Starlink também não se limita a um espaço geográfico, portanto é uma solução bem adaptada e, para ser móvel, basta levar a antena, o modem e todo o espaço tem a possibilidade de ter conexão.
Isso potencializa a solução principalmente para casos de emergência como desastres naturais ou para ambientes móveis como motorhomes ou veículos náuticos de pequeno ou grande porte. Outro ponto determinante dessa rede é o preço do serviço, que tem custo mensal no Brasil de R$230,00.
No entanto, o foco da aplicação da Starlink está principalmente em conectar o usuário final, que pode variar entre uma casa ou uma pequena empresa, com difícil acesso e conectividade até um ambiente móvel que trafega por regiões sem cobertura nenhuma.
A demanda de tráfego de dados pode ser até alta nos casos citados, mas não massiva, fazendo com que não seja uma solução ideal para o IoT, ou para grandes empresas e sim mais focadas no usuário final.
De Starlink para Redes Privativas
As redes privativas, por sua vez, são uma solução personalizada, dependendo apenas dos parâmetros selecionados pelo provedor. Essa rede consegue ser uma solução muito mais segura, afinal, diferente da internet via satélite, a organização acessa todas as suas configurações, com políticas de segurança, criptografia e autenticação personalizada.
Além disso, por ser uma infraestrutura dedicada e normalmente isolada, a exposição a entidades externas é muito menor, diminuindo as chances de ataques cibernéticos, diferente da rede via satélite, que realiza o compartilhamento de recursos entre terceiros.
Sendo assim, as redes privativas são utilizadas amplamente em organizações governamentais principalmente pelos fatores de segurança. Outra vantagem é a capacidade de gestão total, adaptando toda a infraestrutura conforme as necessidades da aplicação, mudando parâmetros de uplink e downlink, largura de banda, entre outras características.
E o acesso à rede privativa depende de um simcard, que se conecta exclusivamente a essa infraestrutura, não sendo possível acessar o sinal emitido por essa rede de outra forma, fazendo com que seja permitido o compartilhamento de recursos internos como servidores, bancos de dados e aplicativos sigilosos com menos riscos de vazamento.
Segurança, desempenho e velocidade!
O desempenho é outro tópico que deve ser ressaltado nas redes privativas, uma vez que o cliente tem total possibilidade de escolher qual vai ser o backhaul da rede.
O serviço pode ser de banda larga fixa, via rádio ou até mesmo a própria internet via satélite pode ser utilizada como fonte de conectividade.
Não há dúvidas que todas essas vantagens geram um leque de possibilidades de aplicações principalmente para modelos de negócios que demandam tráfego intenso de dados.
Isso inclui desde uma fábrica que administra todas as operações críticas de seu maquinário com a menor latência possível até uma fazenda que precisa ter conectividade para dezenas ou centenas de dispositivos de telemetria espalhados por toda a sua extensão de terra.
Por fim, que metas você deseja alcançar?
A Starlink e as Redes Privativas são duas tecnologias que possuem foco de atuação diferentes, porém conseguem entregar um serviço de qualidade quando o intuito é fornecer conectividade ao cliente.
Se Starlink prioriza o usuário final, entregando um desempenho de uma rede de banda larga se compararmos aos demais fornecedores de internet via satélite, por outro lado, ela não consegue suprir demandas de tráfego massivo e vários dispositivos IoT simultaneamente.
Já as Redes Privativas conseguem conectar dispositivos espalhados por quilômetros de extensão, com soluções mais robustas, alto desempenho, protocolos de segurança, totalmente personalizados, sendo excelentes para suprir empresas, fábricas ou fazendas de pequeno, médio e grande porte.
E mesmo exigindo um investimento financeiro mais alto e um espaço geográfico limitado, há muitas vantagens de segurança e qualidade, que as tecnologias LTE/4G e 5G podem proporcionar nos serviços de conectividade, podendo conectar centenas de dispositivos IoT simultaneamente, na mesma infraestrutura.
Após as devidas apresentações, resta a decisão conforme a necessidade de sua empresa, mas não deixe de levar em conta os resultados que cada uma oferece no que diz respeito à segurança, desempenho, gestão e conectividade.
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