Com os dados coletados através da conectividade, se torna possível a implementação da automação agrícola, que significa o uso de aparelhos avançados capazes de realizar muitas atividades, como:

– Pesquisa e acompanhamento do solo ao longo de cada plantio;
– Coleta de informações precisas como: quantidade de plantas por m², a umidade do solo a cada estágio do plantio,
– Verificação de pragas ou inseto indesejado na plantação, coletando informações gerais sobre a saúde geral do plantio.

E isso é apenas algumas das vantagens da automação na agricultura. Na verdade, o maior objetivo da agricultura de precisão é coletar o máximo de dados para ajudar a saúde da lavoura e monitorar o desenvolvimento de todas as etapas do plantio, do desenvolvimento até a colheita.

Um sistema de irrigação bem monitorado é primordial na agricultura, uma vez que o excesso de água causa grandes prejuízos do tipo: 

– Perda de nutrientes do solo por lixiviação;

– Contaminação do lençol freático;

– Aumenta as chances de salinização;

– Aumenta os custos de produção;

– Além de diminuir a oxigenação das raízes das plantas.

Por outro lado, a falta de água provoca estresse hídrico nas plantas, gera perdas na produção e pode causar a morte das plantas. 

Portanto, é fundamental acompanhar a umidade do solo, dessa forma é possível fazer um manejo mais preciso e inteligente. Para tanto, existem novas formas de alcançar esse objetivo. 

Como utilizando o NB-IoT, sigla para “Narrowband Internet of Things”, ou seja, Banda Estreita para Internet das Coisas.

Quando utilizada no campo, a NB-IoT se destaca por favorecer uma rede de grande alcance, mas com baixo consumo de energia, característica essencial para conectarmos coisas de qualquer natureza.

Como explicou a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), ainda é grande a deficiência na distribuição de internet em áreas rurais. Para resolver isso, iniciativas realizadas exclusivamente para o setor, adquirem grande importância, pois possibilitam maior acesso a todos os benefícios que a tecnologia proporciona, sobretudo no caso de IoT para fazendas, uma dessas tecnologias é a NB-IoT.

– Sensores com capacidade de medir a temperatura de um determinado local, a umidade e a qualidade do ar e dos solos;

– Completo monitoramento das variáveis internas de silos destinados ao armazenamento de grãos, caso da temperatura e da umidade;

– Georreferenciamento cuja função é suportar o entendimento e o mapeamento das necessidades de cada propriedade rural.

– Baixo consumo de energia (até 80% menos), ampliando a vida útil de baterias por mais de 10 anos;

– Monitoramento em tempo real da performance de eventos, por exemplo da iluminação ou de temperatura;

– Transmissão de dados em dispositivos que precisam de mobilidade na rede, como rastreadores e medidores em geral.

Conforme explicamos, uma característica forte da NB-IoT é a oferta de um sinal de longo alcance, com forte penetração de sinal e com uma excelente eficiência energética. Seu uso pode se dar tanto em ambientes internos como subterrâneos.

Dessa forma, são três os cenários onde esse protocolo é muito recomendado:

– Dispositivos de controle de recursos, como medidores de água, gás, eletricidade.

– Smart City;  

– E dispositivos de sensoriamento remoto que não precisam transmitir grandes volumes de dados. 

Em dispositivos de controle de recursos ou utilities, o NB-IoT é utilizado para monitorar medidores inteligentes, como os de gás, água e eletricidade. Dessa forma é possível acompanhar, medir e validar esses dispositivos, logo o sistema de irrigação é um deles.

Também é possível utilizar a tecnologia NB-IoT nos dispositivos de sensoriamento remoto, como por exemplo em monitores de indústrias e do campo (Agricultura de Precisão). 

Como também acessar, a qualquer momento, dados sobre um sistema de irrigação ou a temperatura de uma máquina, que já é uma situação super comum utilizando a tecnologia NB-IoT.

Para simplificar ainda mais, a tecnologia NB-IoT trabalha com sensores que instalados no solo medem a umidade, sem precisar de ninguém no ambiente físico, porque, a todo momento, o sistema envia informações para uma plataforma IoT, que faz a análise e o filtro dos dados.

Ou seja, são dados reais que fazem a diferença em situações concretas, por exemplo: se o indicador estiver baixo e a terra precisar de mais água, o gestor pode analisar no mesmo dashboard a estação meteorológica e decidir se dá o início na irrigação automática ou se espera a chuva. Tudo em tempo real, sem deslocamento da pessoa.

Portanto, a irrigação pode acontecer através de um novo sistema, dessa vez automatizado, informatizado e acessível, por causa da tecnologia que chega aos lugares mais distantes.