A agricultura brasileira está vivendo uma verdadeira revolução digital. Hoje, dados em tempo real, sensores conectados e inteligência artificial (IA) estão no centro das operações, mudando a forma como os produtores planejam, plantam e colhem safras que ganham recordes ano após ano.

Essa transformação é chamada de agricultura 4.0, impulsionada pela Internet das Coisas (IoT), que conecta todos os elementos da produção, do solo às máquinas, do gado aos silos.

De acordo com o estudo ITDBr Agro 2024, da PwC, 45% das empresas do agronegócio brasileiro já adotam IoT, um número muito superior à média nacional de 9% em outros setores. Além disso:

• 69% dessas empresas registraram ganhos de eficiência operacional com o uso de tecnologia.
• 50% perceberam mudanças culturais positivas, com processos mais ágeis e colaborativos.

Porém, o estudo alerta que a conectividade ainda é o maior desafio no campo, já que muitas áreas rurais não contam com cobertura celular necessária para conectar as máquinas. Esse gargalo impede que o potencial do IoT seja aproveitado ao máximo.

Analisando esse cenário, separamos algumas informações importantes para todo gestor do agro que busca maior produtividade no negócio:

A agricultura conectada

A agricultura conectada é a base da transformação digital que o agronegócio brasileiro vive hoje. Trata-se da integração de sensores, máquinas, softwares e sistemas que conversam entre si, gerando dados que são analisados em tempo real para otimizar processos.

Por meio de dispositivos IoT, é possível medir variáveis como:

• Condições do solo, como umidade, temperatura e nutrientes.
• Previsão climática detalhada, com dados locais.
• Saúde das plantas e detecção precoce de pragas e doenças.
• Telemetria de máquinas agrícolas, incluindo consumo de combustível e manutenção preventiva.
• Rastreamento do gado e insumos, garantindo mais segurança e eficiência.
• Planejamento da colheita com maior precisão e menor desperdício.

Esses dispositivos trocam informações com plataformas na nuvem ou servidores locais, onde algoritmos de análise, inteligência artificial e modelos preditivos processam dados históricos e em tempo real para gerar insights, alertas e ações automáticas.

A agricultura conectada permite que os gestores façam intervenções mais precisas como por exemplo, irrigar apenas onde o solo está seco, agir quando sensores detectam estresse nas plantas, ou realizar manutenção preventiva nas máquinas antes que haja falhas.

O resultado: menores desperdícios, uso mais eficiente de insumos, menor impacto ambiental e aumento da produtividade por hectare.

Como a agricultura conectada aumenta a produtividade

O aumento da produtividade não acontece por acaso. Ele é resultado da digitalização de processos, da análise inteligente dos dados e da capacidade de agir rapidamente quando surgem problemas ou oportunidades.

As maiores produções brasileiras e mundiais já vivem essa realidade, com:

1. Monitoramento contínuo das lavouras

Sensores conectados são estrategicamente instalados no solo e nas plantações para enviar informações sobre umidade, temperatura, nutrientes e condições climáticas em tempo real.

Com esses dados, o produtor pode ajustar a irrigação, fertilização e manejo de forma precisa, evitando excessos ou falhas que afetam a produtividade.

Em áreas produtoras de grãos, estima-se que sistemas de irrigação inteligente reduzem aproximadamente 30% o consumo de água, enquanto aumentam a uniformidade do plantio e a qualidade da colheita.

2. Detecção precoce de problemas

A agricultura conectada permite identificar pragas, doenças e falhas de cultivo nos estágios iniciais, antes que causem grandes perdas.

Por meio de câmeras e sensores em drones ou armadilhas inteligentes é feita a detecção automática do problema e um alerta é imediatamente enviado ao gestor da fazenda, que determina as melhores ações corretivas de forma rápida, precisa e bem localizada.

Isso evita pulverizações desnecessárias, reduz custos e protege o meio ambiente, mantendo a produtividade estável.

3. Máquinas agrícolas conectadas

Esse sistema de telemetria das máquinas como tratores e colheitadeiras passam a ser mais do que instrumentos de plantio e colheita.

Elas se tornam produtoras de dados que permitem plantio e colheita precisos, mas também geram dados sobre manutenção preventiva, enviando dados sobre consumo de combustível, horas de operação, localização precisa e muito mais.

Essas informações permitem manutenção preventiva, evitando paradas inesperadas durante períodos críticos, como a colheita.

Agricultura conectada é igual a plantio mais inteligente

O plantio inteligente é uma das principais aplicações da agricultura conectada. Ele utiliza tecnologia para garantir precisão em todas as etapas de semeadura, desde a preparação do solo até a emergência das plantas.

Com o plantio inteligente, o produtor pode:

• Ajustar profundidade e espaçamento das sementes automaticamente.
• Definir a densidade ideal por hectare com base na análise do solo.
• Integrar dados climáticos para escolher o melhor momento para plantar e colher.
• Monitorar a germinação e o desenvolvimento inicial em tempo real.

O resultado é uma lavoura mais uniforme, com maior produtividade e menor uso de insumos.

A evolução da tecnologia tem andado mais rápido do que a infraestrutura consegue acompanhar. Todos esses cenários que consideramos acima só viram realidade quando a conectividade é regular e estável.

Um dos grandes desafios da agricultura conectada é a falta de cobertura de rede em áreas rurais. Muitas fazendas estão em regiões onde o sinal das operadoras tradicionais não alcança, comprometendo o funcionamento das tecnologias IoT.

A solução para esse problema são as redes privativas, que funcionam como uma infraestrutura exclusiva dentro da fazenda, trazendo:

• Cobertura completa e estável em toda a propriedade.
• Prioridade para dados críticos, como sensores de irrigação ou telemetria.
• Maior segurança no tráfego de informações.
• Expansão conforme a fazenda cresce.

Essas redes não substituem a infraestrutura pública, mas complementam onde ela não chega, garantindo que sensores e dispositivos IoT funcionem de forma contínua e segura.

Na Virtueyes, fazemos parte dessa evolução da agricultura conectada, unindo infraestrutura, tecnologia e consultoria especializada para entregar resultados reais ao campo.

Com nossas redes privativas 4G garantimos cobertura em toda a fazenda, ajudando produtores a transformar dados em decisões estratégicas e preparar suas operações para o presente do agronegócio.

Conectando o presente ao futuro do agro

A agricultura conectada não é mais uma tendência distante, ela já está transformando o dia a dia no campo.

Com IoT, redes privativas e inteligência de dados, os produtores brasileiros podem produzir mais com menos, garantindo sustentabilidade e competitividade no mercado global.

Investir em conectividade e tecnologia é investir no futuro da fazenda e na segurança alimentar do país.